domingo, 5 de junho de 2011

Da confiança e a [des] igualdade de dois estranhos íntimos


Como afirmar que não quer se afundar, se é profundo e leve o que temos?

Por que segue me observando e aprovando passo a passo?

Como compreender os limites de uma relação tão vil?

Como mensurar os sentidos se minha pele pede a tua?

Como controlar o pensamento, se é na tua “nem uma coisa nem outra“ que eu quero estar?

Como ser o meio, se quando juntos é inteiro e infinito?

Como concentrar-me se o tema me leva a questão, e de novo e de novo?

Como separar as coisas, se isto já faz parte da origem?

Como compreender o que me segura, o que não me impulsiona a resvalar para os sete ventos o que se passa aqui dentro?

Qual é o medo que nos emudece, se um tem certeza das incertezas do outro?

Como ser a alternativa ao que está solto no mundo?

Como pode DESCONFIAR do meu silêncio, se é idêntico ao seu?

O que me faz pensar que isso basta?

Qual é o anestésico que me alivia e paralisa? Não sei. Por isso sigo até descobrir...


Ninguém lê o que se passa aqui... eu sei, ele sabe... nós sabemos.

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